O atual cenário exige de todos algumas mudanças na rotina e muita inovação. Por isso, este ano, o Sebrae/SC irá realizar a 12ª edição da Semana do MEI 100% Digital. Em substituição às tradicionais tendas nos centros das cidades catarinenses, existirão quatro trilhas de palestras online com conteúdos voltados para quem quer ser MEI, para quem já é microempreendedor individual e quer expandir os negócios, para aqueles que precisam se reinventar neste momento de crise, e para os empresários que querem melhorar o marketing e as vendas do seu negócio. A Semana do MEI 2020 será realizada entre os dias 18 e 22 de maio. A participação é gratuita e a programação pode ser acessada aqui.
Santa Catarina possui mais de 404 mil microempreendedores individuais formalizados, sendo que cerca de 190 mil são do setor de serviços, 102 mil do comércio, 56 mil da indústria, 54 mil da construção civil, e os demais do agronegócio. “Em todo o Brasil, já são mais de 10 milhões de MEIs formalizados. Esses empreendedores são fundamentais para manter a economia aquecida, para reduzir o desemprego e gerar renda. Por isso, neste momento de crise que todos passamos, não podemos deixar de dar uma atenção ainda maior a esses empresários, que precisam de informação e capacitação para se manterem competitivos”, comenta o Gerente de Atendimento Empresarial do Sebrae/SC, Douglas Luís Três.
As palestras da semana do MEI acontecerão diariamente às 10h, 12h, 14h e 16h e irão abordar temas como marketing e vendas, transformação digital para o MEI, planejamento estratégico, gestão financeira, atendimento ao cliente, entre outros assuntos de interesse do empresário. Também serão realizados dois webinar às 18h, um no dia 20/05 com o tema “Empreendedorismo e Ação”, e outro no dia 22/05, com o tema “Marketing para potencializar o Pequeno Negócio”. A inscrição para os eventos também deve ser feita pela página da Semana.
Todos os dias, às 9h, no Instagram do Sebrae, @sebraesc, especialistas e empreendedores participarão de lives debatendo os principais desafios do universo do empreendedorismo. Além disso, durante a semana, a equipe do Sebrae/SC estará disponível para atendimento online ao empresário e futuro empreendedor.
Mas para que os microempreendedores individuais não precisem esperar até o dia 18, nas semanas do dia 11 de maio, os conteúdos das lives diárias do Sebrae/SC, às 14h, no Instagram, serão voltadas a esse público.
Mudança de rumo
A empresário joinvilense Cheila Cristina Cunha (foto) se viu numa “sinuca de bico”, como se diz no vocabulário popular, quando a quarentena chegou. A situação de sua loja de roupas femininas já não ia bem, e ficou ainda pior quando foi decretado o isolamento social e o fechamento do comércio. Preocupada, ela recorreu ao SEBRAE e acabou descobrindo meios que vão ajudá-la a retomar o caminho das vendas.
Microempresário individual (MEI), Cheila era proprietária da Dona Flor Moda, que comercializa roupas online há cinco anos. Nos últimos sete meses, ela atendeu ao público também com uma loja física no bairro Boehmerwald, mas sem esquecer do contato via Facebook. Porém, de janeiro para cá, o movimento caiu bastante, e com a sala fechada por causa da pandemia, surgiu a questão: valeria a pena reabri-la?
“Quando aconteceu isso (o fechamento do comércio), ficamos cinco dias sem fazer nada, não sabíamos o que fazer. Ficamos sem reação. Quando falei com o consultor do SEBRAE, eu precisava de uma luz. Ele me deu a ideia de liquidar, fazer promoção, de vender uma peça e levar outra por R$ 1,00… Aí as vendas melhoraram em torno de 50% quando comecei a anunciar as promoções”, explica a empresária.
Cheila estendeu o “torra-torra” para a loja física, mas os resultados foram decepcionantes. Isso lhe deu a certeza de que o caminho é mesmo as vendas virtuais. A decisão de fechar a sala está tomada e o foco agora é a internet. Ela inclusive já mudou o nome fantasia – agora é Santalu.
“Vou dar um passo para trás, voltar a fazer o que eu fazia, gastar metade do valor pago em aluguel com anúncios no Instagram. Resumindo: aprendi que pra vender não é necessário uma loja física. Algum diferencial temos que ter e focar, sem ilusões e com pé no chão”, afirma Cheila, que ainda pretende fazer os cursos de marketing, redes sociais e finanças oferecidos pelo SEBRAE.