A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) promoveu na semana passada uma conversa entre o consultor tributário e economista, Luiz Carlos Hauly, e o presidente da CNDL, José César da Costa. Os dois trataram da Reforma Tributária e do movimento Destrava Brasil, uma mobilização de entidades empresariais e diversas organizações que defende os direitos dos brasileiros a terem mais igualdade, oportunidades e justiça social por meio de uma Reforma Tributária ampla, tecnológica, solidaria e fraterna.
Segundo o presidente da CNDL, a luta por um sistema tributário mais justo vai além das divergências e posições políticas. “O propósito do Destrava Brasil é maior que as divergências entre os diversos setores da economia. A Reforma Tributária é a reforma das reformas e fundamental para promovermos nosso desenvolvimento”, disse José César.
Para Hauly, o atual sistema tributário brasileiro é um Frankenstein que impede o crescimento da economia. Segundo tributarista, há quatro décadas que o Brasil parou de crescer por conta do modelo de seu modelo de arrecadação. Ele propôs a extinção de nove tributos e a criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e do Imposto Seletivo (IS), contida na PEC 110, de sua autoria e em tramitação adiantada no Senado.
De acordo com o economista, a proposta também prevê uma inversão da base tributária, que hoje está amparada no consumo e pouco atrelada à renda. “Enquanto a tributação do Imposto de Renda é de 34% na OCDE, a nossa é 21%. Metade da arrecadação brasileira vem do consumo. Nos Estados Unidos só 17% da arrecadação vem da base do consumo. Por isso os EUA é o país onde mais se consome, porque os impostos são baixíssimos”.
Para Hauly, é fundamental que todas as entidades do Sistema CNDL conheçam o projeto e que todos possam defender e apoiar a causa Destrava Brasil. “Uma grande repercussão no meio empresarial, sem dúvida, dá muita força para que a Reforma Tributária avance”, destacou o presidente da CNDL.
Confira a íntegra da live “Destrava Brasil: uma causa em defesa da Reforma Tributária”