Associados da CDL de Joinville, autoridades das áreas de segurança e do Judiciário e lideranças comunitárias conheceram detalhes do projeto “Joinville Mais Segura”, e todas apoiaram a iniciativa. A apresentação foi realizada durante plenária da CDL na quarta-feira, 21 de março. CDL, Acij, Ajorpeme e Acomac, do Conselho das Entidades de Joinville, estão chegando à estruturação final da iniciativa, que vem sendo elaborado desde 2016. As entidades já consultaram órgãos envolvidos na segurança e no combate à criminalidade e apresentaram a proposta aos governos municipal e estadual. Também já levou o assunto à Câmara Intersetorial de Segurança Pública, que criou um grupo para discutir a regulamentação e a implementação da iniciativa.
Câmeras, tornozeleiras, drones e capacitação
O projeto consiste em quatro frentes de atuação: ampliação do número de câmeras de segurança na cidade e criação de uma central de monitoramento; uso de tornozeleiras eletrônicas por condenados do sistema semiaberto; uso de drones pelas polícias; e ampliação do espaço de capacitação e treinamento da Penitenciária Industrial de Joinville. Os empresários acreditam que conseguirão chegar, em um primeiro momento, a 10 mil câmeras interligadas ao sistema de monitoramento. As imagens ficarão armazenadas em nuvem e serão acessadas pela central de monitoramento e órgãos de segurança que precisarem acessá-las.
Grupo intersetorial deve cuidar do monitoramento
O custo da instalação das câmeras de segurança e da internet ficará por conta do cidadão que instalar o equipamento – um valor baixo, considerando também que a maioria das pessoas já tem internet em suas propriedades e nas empresas. As entidades empresariais doarão ao poder público a central de monitoramento, com o software, os computadores e o mobiliário. Para operar a central a ideia é que haja um grupo intersetorial que possa trabalhar no monitoramento, como Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal e voluntários, entre outros. Ficará por conta também das entidades, dos empresários locais e dos cidadãos que queiram contribuir a doação de tornozeleiras eletrônicas para o sistema Judiciário, que já se mostrou favorável ao uso em condenados do regime semiaberto de Joinville. Na foto, registro da plenária realizada no dia 21 de março.
Redução da reincidência criminal é uma das metas
Com a ampliação do espaço de capacitação da Penitenciária Industrial de Joinville e parceria com empresas e escolas, o projeto busca não apenas o monitoramento e auxílio nas investigações policiais, como também a redução da reincidência criminal, por meio de trabalho e capacitação dos detentos.
Toda a verba que será usada na aplicação do projeto, incluindo recursos de doações empresariais ou de pessoas físicas, será disponível para conferência dos cidadãos na internet.
Próximo passo é a elaboração de um estatuto
Após a apresentação da iniciativa para a Câmara Intersetorial de Segurança Pública de Joinville, foram criadas uma Comissão Gerencial e uma Comissão Técnica que devem elaborar o estatuto para a criação de uma entidade que irá administrar o projeto e fará o planejamento e o cronograma de execução do trabalho. Fazem parte dessa comissão a CDL, Acomac, Acij e Ajorpeme, a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Secretaria de Proteção Civil e Segurança Pública (Seprot).
Expectativa de apoio dos governos municipal e estadual
No final da plenária, os presidentes das quatro entidades assinaram um manifesto de apoio ao projeto “idealizado pelas entidades signatárias, de modo que, juntos, poder público e sociedade civil organizada, possam oferecer à população alternativas de ação colaborativa de caráter associativista”.
Desta forma, CDL, Acij, Ajorpeme e Acomac desejam “deixar clara sua posição, bem como a expectativa de poder contar com o apoio da Prefeitura de Joinville e do Governo do Estado de Santa Catarina, e seus respectivos órgãos de segurança, para a imediata execução desta iniciativa”. Na Foto, os presidentes da Acomac, Acij, CDL e Ajorpeme com o manifesto de apoio que haviam acabado de assinar.