As propostas para Reforma Tributária em tramitação no Congresso Nacional sugerem alíquotas de impostos unificados que variam de 12% a 25%. Estudo sobre 30 segmentos do setor de serviços, divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que o aumento médio da carga tributária chegaria a 84%.
Em alguns casos, ultrapassaria 188%, como no subsetor de seleção, agenciamento e locação de mão de obra. Em segundo e terceiro lugar estão os serviços para edifícios e atividades paisagísticas (172,8%) e o de segurança, vigilância e transporte de valores (163%).
“A Reforma Tributária é extremamente importante e necessária para o crescimento do país. No entanto, não é justo o aumento da carga tributária sobre o setor de serviços, que responde por 37% da força de trabalho no Brasil e gerou 55% dos empregos formais no País na retomada da economia depois da pandemia”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Atualmente, os impostos sobre o consumo no Brasil já respondem pela maior parte da carga tributária, diferentemente do que é observado nos países desenvolvidos. Enquanto nos Estados Unidos a carga tributária é de 25,5%, no Brasil, esse valor chega a 30,9%.
Conforme afirma o economista da CNC responsável pela apuração, Fabio Bentes, o peso dos impostos poderia desestimular a empregabilidade, já que, quanto mais o serviço depende de pessoas para ser prestado, maior seria a carga tributária incidente.
“Penalizar esse ramo seria prejudicial para toda a economia brasileira, porque atinge os empregos, os salários e o valor que é cobrado pelo serviço”, analisa o economista.
Fonte: Fecomércio-SC