A chegada do frio e a aproximação do Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho, estão animando os lojistas de Joinville. A torcida e a expectativa são de que os números ruins do ano passado e dos primeiros meses de 2018 fiquem finalmente para trás. As projeções de incremento nas vendas vão de 5% até mais de 20%, dependendo do setor.
O vice-presidente da CDL de Joinville e proprietário das lojas Victhoria Magazine, José Manoel Ramos, afirma que a intensificação do frio aumentou as expectativas positivas dos lojistas da cidade em relação à data.
“As lojas dos ramos de calçados e vestuário, principalmente, esperam um crescimento entre 15 e 20% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Como a data tem um apelo emocional muito forte, outros setores, como os de joias, perfumarias e cosméticos, também devem registrar incremento”, destaca.
O empresário Raulino Esbiteskoski, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Joinville e Região (Sindilojas) e proprietário das lojas Ravelli, especializada em moda masculina, confirma que o frio deu uma aquecida no movimento e deve ajudar os lojistas na data. Segundo ele, especificamente nas lojas Ravelli, as vendas para o Dia dos Namorados devem crescer em torno de 6%, em contraponto com o ano anterior, “que foi muito ruim”.
A lojista Julita Michels, dona da Joyce Modas, afirma que o movimento no primeiro semestre deste ano está aquém do esperado. Mas, em comparação com 2017, ela espera melhorar a performance para a data neste ano, com aumento de 5% na concretização das compras pelos clientes. “O frio ajuda a incrementar as vendas, não somente para o Dia dos Namorados”, comemora Julita.
Nas duas unidades das lojas Primavera, de Ivonir Meurer, a expectativa também é positiva. “Tenho previsão de crescimento de no mínimo 10%, porque já está frio e no ano passado nesta época ainda fazia calor, o que interferiu negativamente nas vendas”, analisa o empresário.
A empresária Dilva Regina Colzani, da Tiani Modas, afirma que o mês de junho começou melhor que o mesmo período do ano passado. Ela espera um movimento maior especialmente neste fim de semana, e até o Dia dos Namorados vender 25% a mais que em 2017.
Clima propício
Proprietário da GM Modas, Eduardo Sampaio Mafra diz que as vendas para o Dia dos Namorados ainda estão muito devagar, mas ele espera acréscimo nos próximos dias. O movimento aquém do esperado, segundo ele, se deve à crise, que parou o País. A chegada do frio, porém, renova o otimismo. “O clima está propício para alavancar as vendas, ainda mais que esta data se tornou a segunda melhor do ano”, afirma o empresário.
Na Joalheria e Ótica Pérola, o otimismo também é grande. O proprietário, Manfredo Trauer, afirma que os lojistas estão esperançosos neste mês, “pois o comércio precisa de datas comemorativas, como Natal, Páscoa, mães e namorados”, entende o empresário. No Dia das Mães, aliás, sua loja registrou crescimento de 28% nas vendas, em comparação com o ano passado. “Espero que para o Dia dos Namorados tenhamos o mesmo desempenho”, destaca.
Mesmo diante de tantas oscilações na economia e das mudanças na forma de convivência, o proprietário da Jordanni Joias, Osnildo de Souza, espera crescimento em torno de 10% na concretização de vendas para o Dia dos Namorados. “Hoje os clientes têm à sua disposição uma infinidade de opções, e diante do momento que estamos vivenciando eles ficam bem cautelosos, procuram gastar o mínimo possível. E já não se fazem mais namorados como outrora. O namoro, hoje, tem muito de virtual”, analisa.
Gasto médio de R$ 173,76
Roupas, perfumes, cosméticos e calçados devem ser os itens mais procurados na véspera do Dia dos Namorados em Santa Catarina. A data comemorada na próxima terça-feira, 12 de junho, costuma não só aquecer as vendas em diferentes segmentos do comércio, mas também movimentar restaurantes e bares, entre outros serviços.
Conforme a Pesquisa de Intenção de Compras realizada pela Fecomércio SC em sete cidades, o gasto médio neste ano será de R$ 173,76, variação de -0,7% em relação ao ano passado. Os consumidores de Florianópolis devem desembolsar um pouco mais (R$ 200,06).
A melhora no orçamento familiar deve pesar positivamente na hora de escolher o presente: 42,8% consideram que a situação financeira está positiva, diante dos 21,1% que acreditam que piorou – o menor resultado desde 2014.
“Os empresários estão confiantes que a data reaquecerá as vendas, após a queda brusca no movimento e no faturamento das lojas com a paralisação dos caminhoneiros. Outro excelente indicador na data é a intenção de pagamento à vista (cerca de 60% das compras), que injetará dinheiro no comércio neste momento de recuperação”, avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.
Para garantir o melhor custo/benefício, sete a cada dez catarinenses pretendem fazer pesquisa de preços. Em Joinville, o índice chega a 95,7%. O principal destino dos consumidores deve ser o comércio de rua (69%).
Os dados foram apurados com 2.059 pessoas, entre os dias 14 e 19 de maio, nas cidades de Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Joinville, Lages e Itajaí.