Economia cresce 8% nas festas de outubro em Santa Catarina

Economia cresce 8% nas festas de outubro em Santa Catarina

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Eventos como a Oktoberfest (acima) e a Bierville (abaixo) incrementam a economia catarinense em outubro

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Em outubro, Santa Catarina desponta no calendário turístico nacional com a realização de festas típicas em diferentes regiões, resgatando tradições herdadas dos imigrantes alemães, italianos, portugueses, açorianos, austríacos, entre outras etnias. Para mapear o impacto desses eventos para os empresários e os municípios catarinenses em 2018, a Fecomércio SC realizou pela primeira vez a pesquisa Festas de Outubro em Santa Catarinaampliando o escopo antes focado apenas na Oktoberfest.

Agora, além da maior festa alemã das Américas, os dados também são apurados na Bierville, em Joinville; Oktoberfest, em Itapiranga; Marejada, em Itajaí; Festival do Camarão, em Porto Belo; Oktoberfest, em Criciúma; Festa do Produto Colonial, em São Martinho; Tirolerfest, em Treze Tílias; Fenarreco, em Brusque; e Festa do Imigrante, em Timbó. Foram entrevistados 423 empresários ou gestores de estabelecimentos dos setores de comércio, serviços e turismo.As festas aquecem a economia local não só durante a programação em si, mas também ao longo do ano. Em 85,8% das citações, os entrevistados associam as festas à geração de renda (26,7%) em diferentes setores – da alimentação ao transporte -, desenvolvimento do comércio e serviços (19,9%), na oferta de empregos (13,9%) e no aumento na arrecadação de impostos (13,9%).

Neste ano, em média 9% dos estabelecimentos realizaram contratação de trabalhadores temporários para atender à demanda. O percentual foi maior em Treze Tílias (38,1%), em Blumenau (20,9%) e Itapiranga (19%).

O resultado também pode ser sentido no caixa: o faturamento das Festas de Outubro cresceu 8% em relação aos meses comuns do mesmo ano, porém, a variação estabilizou em 0,3% na comparação com os anos anteriores.

O desempenho foi melhor no setor de hotelaria, com alta de 19,1% e 4,1%, e de presentes e souvenir e de produtos típicos, com 18,8% e 3,0%, respectivamente. Já bares e restaurantes tiveram as piores avaliações, com retração tanto na comparação anual (-5,8%) quanto mensal (-0,3%).

Somado todos os setores, o ticket médio em SC – valor médio que cada cliente compra em um estabelecimento – foi de R$ 202,50, puxado por hotéis e pousadas (R$ 394,49), vestuário e calçados (R$ 264,26) e comércio de presentes, souvenir e produtos típicos (R$ 248,85).

Pontos de atenção

A percepção dos empresários sobre a circulação de clientes no período das festas variou bastante: enquanto 41,7% consideraram positiva – “bom” para 27,7% e “muito bom” para 14% -, 48,3% afirmaram que o movimento foi “irrelevante” para os negócios.

Para o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, é o efeito multiplicador do turismo que torna o setor tão estratégico para a economia do Estado. “Hotelaria, restaurantes, bares, transportes, agências de viagens, comércio varejista, governo etc. Todos são impactados direta ou indiretamente com a realização das Festas de Outubro. Os reflexos se estendem nos diferentes elos da cadeia, por isso prefeitura, empresários e organização dos eventos precisam trabalhar juntos para trazer resultados consistentes para as cidades”, avalia.

Quase a metade dos entrevistados (42,8%) apontou cinco questões que podem ser melhoradas para trazer mais retorno para a economia local: marketing (40,9%), programação (27,7%), preços (12,0%), infraestrutura (11,6%) e alimentação (1,2%).

Leia a pesquisa na íntegra AQUI

 

(Fonte: Fecomércio SC. Fotos: Divulgação)

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