Há 52 anos os lojistas catarinenses se reúnem anualmente para debater os desafios e as oportunidades do varejo, mas também, e na mesma proporção, as questões da economia e política. A Convenção Estadual do Comércio Lojista está de volta a Joinville, em sua 48ª edição, com 1.200 empresários e dirigentes de CDLs.
Promovido pela FCDL/SC e a CDL local, o evento – que se encerra neste sábado (25) – tem uma pauta dirigida à qualificação profissional, inovação tecnológica, tendências de consumo, motivação e o debate do quadro nacional. “Este é um momento de grande visibilidade do varejo”, disse Ivan Tauffer, presidente da Federação.

Confira entrevista:
Quais os principais desafios do varejo catarinense?
Ivan Tauffer – Alguns desafios são históricos e nos dedicamos a eles de maneira firme. É o caso da concorrência desleal do comércio informal, do contrabando e da pirataria, da alta carga tributária e da burocracia. Mas temos outros obstáculos a superar: nosso mercado ainda está capengando, com milhares de desempregados e alto endividamento familiar, o que reflete diretamente no varejo, embora em Santa Catarina o tamanho da crise seja menor.
O que a FCDL/SC faz para mudar esse cenário?
Ivan Tauffer – Temos ações e campanhas que fazem a diferença no dia a dia dos empresários do comércio. Atuamos na Frente Parlamentar do Varejo, na Assembleia Legislativa, na Junta Comercial do Estado e no Conselho das Federações Empresariais de SC (COFEM). E mantemos um esforço ilimitado para gerar soluções e oferecer treinamento, capacitação e qualificação aos lojistas, por meio de nossas 208 CDLs.
Quais as mudanças políticas e econômicas necessárias em curto prazo?
Ivan Tauffer – A aprovação da reforma da Previdência significará um novo momento para o mercado, por que permitirá o equilíbrio fiscal. A disposição dos investidores retornará e seguramente nosso país voltará a crescer. Igualmente acreditamos na política de privatizações e concessões, que aumentarão os investimentos em obras e serviços públicos, melhorando a qualidade de nossa infraestrutura. Também é preciso avançar na flexibilização e modernização das relações de trabalho, o que multiplicará a geração de empregos e de oportunidades para empreender.
(Fonte: PalavraCom. Fotos: Pedro Waldrich)