O Conselho das Entidades Empresariais de Joinville, formado por ACIJ, CDL, Ajorpeme e Acomac, se reuniu na manhã de 24 de julho. O encontro foi realizada na sede da Acomac, com a presença dos presidentes Rudi Soares (Acomac), João Joaquim Martinelli (Acij), Frederico Cardoso dos Santos, Fredy (CDL) e Victor Kochella (Ajorpeme). Na pauta, três assuntos: as eleições de 2018, a duplicação da BR-280 e a campanha Voe por Joinville.
O tema de destaque foi a campanha eleitoral de 2018 e o posicionamento das entidades para que Joinville tenha maior representatividade. Rudi Soares, presidente da Acomac, lembrou: “Nestas eleições, temos a oportunidade de fazer tudo diferente, é hora de renovação e de vermos os trabalhos feitos pelos nossos deputados, de termos representantes com voz ativa nas questões prioritárias”.
João Joaquim Martinelli, presidente da Acij, acrescentou que uma bancada forte auxilia na escolha de secretários com maior representatividade. “Muitas vezes nós não sabemos expor as necessidades para os nossos eleitos. Jaraguá do Sul, por exemplo, teve três secretários e foi destaque nacional em vários aspectos. Os deputados ajudam não somente nas questões políticas”, disse Martinelli.
Ele também lembrou que é necessário repensar o número de candidatos da região. “Acabamos tendo votos ‘paraquedas’. Precisamos ter no máximo 12 candidatos para eleger cinco”, defendeu. Martinelli sugere uma pauta conjunta das entidades de classe com os políticos. “Muitas vezes nós não acionamos os candidatos que elegemos porque sabemos que depois poderá vir uma contrapartida. Mas devemos chamá-los, sim, e eles precisam explicar o que a cidade, e não as entidades, esperam deles”, sugeriu.
O presidente da Ajorpeme, Victor Kochella, demonstrou preocupação principalmente com relação à escolha do voto da população: “Nós, como entidade, temos consciência. Mas como faremos para conseguir levar essa consciência à população, ensinar as pessoas, lá na ponta, de uma maneira efetiva”?, questiona. Ele afirma ser necessário eleger novos candidatos, com ideias novas.
O empresário Frederico Cardoso dos Santos, presidente da CDL, acrescentou que é importante que todos fiscalizem os representantes. “Precisamos saber onde o político trabalhou, em quais propostas ele votou, para sabermos quando votamos certo ou quando votamos errado. Não temos a certeza de quem é melhor nesses aspectos”, argumentou.
Como sugestão final para a pauta de política, definiu-se que em breve será organizada uma reunião do Conselho das Entidades com os candidatos ao Senado e ao governo do Estado para que eles digam o que farão em prol da cidade. A ideia é que as entidades de classe mostrem sua força para que os candidatos tenham compromisso com Joinville e para que possam ser cobrados depois de eleitos.
Duplicação da BR-280
Outro assunto debatido na reunião foi a duplicação da BR-280. O presidente da CDL lembrou que o maior congestionamento do trecho é por conta dos radares, que geram 11 quilômetros de filas entre os trevos do Itinga e de Balneário Barra do Sul. “As pessoas vão para a praia para descansar, mas voltam mais estressadas por conta do engarrafamento”, ressaltou Fredy.
O presidente da Acij foi enfático: “A solução para o problema do engarrafamento no Canal do Linguado é a construção de uma ponte, que não trará prejuízos para o meio ambiente. Acabamos com o problema do congestionamento e depois, sim, deve ser resolvida a questão específica do Canal do Linguado e também as que envolvem o meio ambiente”.
Martinelli informou que Santa Catarina teve R$ 148 milhões de verbas para obras canceladas e isso representa 20% do corte nacional. E reforçou a necessidade de a bancada do Norte catarinense trabalhar em conjunto para a busca e a manutenção desses recursos em Brasília.
Voe por Joinville
O último tópico da reunião foi a campanha Voe por Joinville. As entidades de classe estão trabalhando em conjunto para aumentar a quantidade de voos saindo de Joinville.
“Joinville perde muitos voos para Curitiba e para Navegantes. Estamos trabalhando numa campanha que deverá ter uma contrapartida das quatro principais companhias e também das outras de porte menor. Hoje virou hábito as pessoas irem para Curitiba ou Navegantes, mas não deve ser assim. Também precisamos ter voos com preços competitivos e horários alternativos, principalmente para os empresários”, destaca o presidente da CDL.
O tempo gasto nas viagens a negócios também é uma preocupação do presidente da Acij, João Martinelli. “Enfrentamos vários problemas com relação aos horários dos voos. Quando temos uma reunião de negócios logo no início da manhã em outra cidade muitas vezes precisamos estar nesta cidade no dia anterior. Gastamos mais tempo e mais dinheiro com hospedagem e alimentação, por exemplo”, destacou.
O Conselho das Entidades de Joinville definiu que realizará uma reunião para que possa avalie os avanços de todo os itens mencionados e sugeridos na reunião desta semana. O próximo encontro ainda terá data a ser confirmada e ocorrerá na Acij.
(Com informações da jornalista Araceli Hardt / Assessoria de Imprensa da Acomac)